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Após a perda de um primo para a leucemia, um paraibano conseguiu ajudar a salvar a vida de desconhecidos por meio de duas doações de medula óssea em um período de quatro anos. Cadastrado no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), Arinaldo Azevedo, de 35 anos, foi mais uma vez compatível com um paciente que aguardava na fila à espera de um transplante de medula e conseguiu ser doador, novamente, neste mês de setembro. De Catolé do Rocha, no Sertão, ele viajou para realizar o segundo procedimento de coleta de medula em São Paulo. "Ser compatível e doar uma vez já foi maravilhoso, e duas então, estou realizado. Eu desejo que mais pessoas consigam salvar vidas, que se cadastrem como possíveis doadores, e torço pra que elas sejam compatíveis também”, declara Arinaldo. O Dia Mundial do Doador de Medula Óssea é celebrado no terceiro sábado de setembro, neste dia 21. Este mês também acontece a campanha Setembro Verde, que incentiva a doação de órgãos e tecidos. A segunda doação de medula óssea do paraibano aconteceu no dia 12 de setembro deste ano. O procedimento aconteceu na cidade de Barretos, em São Paulo. "Hoje, depois de quatro anos de quando fui doador de medula pela primeira vez, consegui ser novamente compatível com um paciente”. A primeira vez que Arinaldo Azevedo foi compatível para o transplante de medula óssea foi em 2015. Ele conta que, na primeira doação, o paciente compatível era da cidade de Madri, na Espanha. "Eu fiz a primeira doação há quatro anos, e o procedimento aconteceu por meio das veias do braço, para um paciente de Madri, na Espanha”, conta. A primeira doação que o paraibano fez foi em Ribeirão Preto, em São Paulo. Ele conta que na época morava na região de Itajobi, interior de São Paulo. "Na época eu fiz o procedimento de doação em Ribeirão Preto porque como era uma doação internacional, geralmente o procedimento é feito em uma cidade onde tem aeroporto”, explica. O paraibano explica que, desta vez, o procedimento para a segunda doação de medula óssea foi realizado pelos ossos da bacia e o transplante foi para um paciente brasileiro. "Em 2015 fui compatível com um paciente da Espanha, mas agora quem vai receber o transplante é alguém do Brasil”, afirma. Cadastro no Redome após morte de primo O paraibano se cadastrou no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea após a morte de um primo, em 2013. O primo de Arinaldo morava em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, quando foi diagnosticado com leucemia. Ele relata que participou de várias campanhas para conseguir um doador de medula óssea para o primo e que se cadastrou como doador para tentar ajudá-lo, mas não foi compatível. "Tudo começou através de um primo meu que foi diagnosticado com leucemia, em 2013. Não conseguimos encontrar um doador compatível e então ele faleceu. Foi então que eu decidi continuar cadastrado como doador e, dois anos depois, em 2015, acabei sendo compatível e consegui ajudar outra pessoa”, recorda. Contato com pacientes compatíveis O paraibano diz que até hoje tem vontade de conhecer o primeiro paciente com quem foi compatível, que recebeu a doação de medula óssea em Madri, na Espanha. "Aqui no Brasil, quando a gente consegue ser doador, a gente não sabe quem é o paciente que vai receber, só depois de 1 ano e meio da doação é que a gente pode tentar começar um contato. Mas, no caso do paciente de Madri, na Espanha, até hoje eu não sei quem é porque a legislação da Espanha não permite essa quebra de sigilo”, explica. Sobre o brasileiro compatível na segunda doação de medula óssea, Arinaldo revela que gostaria de conhecê-lo. "Agora, eu quero tentar conhecer esse paciente brasileiro que foi compatível. Depois de seis meses do transplante, eu já posso entrar em contato com ele via e-mail ou carta e, daqui há um ano, posso tentar um contato mais próximo, então o brasileiro eu vou conseguir conhecer, se Deus quiser”.

Arinaldo Azevedo, de 35 anos, que já havia doado medula em 2015, foi mais uma vez compatível e doou pela segunda vez
Arinaldo Azevedo, de 35 anos, que já havia doado medula em 2015, foi mais uma vez compatível e doou pela segunda vez

G1

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